Apesar dos problemas apontados por muitos eurofãs, a não passagem da Suíça foi a grande desilusão da noite. |
Em primeiro lugar, os resultados foram praticamente todos de acordo com o televoto (houve mesmo votação do júri em todos os países nesta semifinal?).
Havia um pequeno grupo de países que tinham a passagem à final mais do que garantida. Falo, claro está da Rússia, Chipre, Grécia, Roménia, Islândia e Dinamarca.
Depois, havia o grupo de países que nem um milagre os conseguia colocar na final: Montenegro, São Marino e Israel.
Depois havia aquele grupo de países que de certeza que estariam entre os mais votados ou pelos júris ou pelo público, mas que a sua passagem dependia de como se comportaria a outra metade da votação: Albânia, Moldávia e Irlanda.
E depois havia os restantes, cuja passagem era uma incógnita: era difícil prever que conseguissem boas votações do televoto ou dos júris, mas cuja hipótese de passagem era mesmo impossível de prever. Os dois casos mais "polémicos" eram a Hungria e a Suíça. Mas tanto as hipóteses de passagem à final de um como do outro estavam a aumentar. E confesso que depois da passagem da Hungria, estava a contar da passagem da Suíça.
Também a Áustria, depois de ser ridicularizada pela maior parte dos eurofãs durante meses, esteve muito melhor do que se poderia prever, ao ponto de algumas casas de apostas considerarem este país como um dos possíveis finalistas.
Tenho que admitir que a agitação provocada pela Suíça e pela Áustria vai fazer falta na final.
Quanto aos restantes países, Letónia, Finlândia e Bélgica, as performances na semifinal arrasaram completamente as hipóteses (já de si muito fracas) de passagem à final.
De facto, os casos mais polémicos foram mesmo a Hungria, a Moldávia e a Suíça. Os dois primeiros casos passaram graças ao televoto (para mim a coreografia tirou enorme qualidade à música moldava), e o caso da Suíça, é o isolamento que condenou esta boa performance. Discordo completamente de quem argumenta que se o vocalista dos Sinplus tivesse interagido com as câmaras a Suíça teria um lugar garantido na final. Não me lembro de Marija Šerifović, a vencedora da Eurovisão pela Sérvia em 2007, ter alguma vez olhado para as câmaras. É verdade que são músicas de estilos e qualidades bem diferentes - mas apenas é um exemplo de que não é viável o argumento da não interacção com as câmaras.
Já não é nova, a corrente de opinião que defende a saída da Suíça da Eurovisão: e agora mais do que nunca concordo com essa opinião. Humilhação tantos anos seguidos, começa a ser insuportável.
Quanto ao futuro destas músicas na final, a grande surpresa vai continuar a ser a Rússia. Tudo depende dos júris, porque da parte do televoto está mais do que assegurada uma chuva de votos para Buranovskiye Babushki. Esta é a prova de que o sucesso na Eurovisão vai muito além de ter boas qualidades vocais. Surpresa será também a Albânia, pois está mais do que provado que a música agrada em muito aos júris. A Islândia, apesar de ter a sua legião de seguidores, está a perder favoritismo a olhos visto, depois da performance ao vivo não ter agradado a muita gente. Mas o TOP10 ainda está garantido.
Quanto à Dinamarca, é difícil dizer se agrada mais ao júri do que ao televoto (penso que será igual para ambos), mas depois dos sucessos (sem grande alarido) de 2010 e 2011, tudo pode acontecer a Soluna Samay.
Quanto aos restantes finalistas, acredito que serão muito mais favorecidos pelo televoto do que pelo júri.
Amanhã decorrerá a segunda semi-final e, temos já grandes adversários ao sucesso dos já finalistas: Suécia, Noruega, Ucrânia, Turquia, Sérvia e Bósnia-Herzegovina.
Sem comentários:
Enviar um comentário