quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eurovisão: a caminho de Baku 2012! (III)

Continuando com a minha análise dos países que já seleccionaram as suas representações para a edição deste ano da Eurovisão, passo agora a falar sobre as selecções das duas ilhas do mediterrâneo que são Estados independentes: Chipre e Malta.


CHIPRE E IVI ADAMOU
Aqui está  mais um caso de um país que escolheu uma música completamente diferente da representação do ano passado, talvez devido à má classificação que o país obteve.
Este ano, quem representará o país será Ivi Adamou, uma jovem cantora cipriota de 18 anos, que nos traz uma canção totalmente virada para o público jovem.
Com o título "La la Love", esta música traz-nos um ritmo dançante que se poderia perfeitamente ouvir em qualquer discoteca. Uma boa imagem e uma boa coreografia (isto sem tendo em conta a concorrência que ainda não é toda conhecida), certamente que irá atrair as votações do público jovem.
E quanto a estes aspectos, grandes melhorias têm que ser feitas em relação à performance na selecção interna. É verdade que na Eurovisão a artista vai actuar num palco no mínimo 100 vezes maior do que aquele onde actuou na selecção interna. Por isso mesmo, esta música oferece condições para um bom desempenho num grande palco como o da Eurovisão, pois toda a música pede uma grande coreografia e torna-se muito mais cativante com várias pessoas em palco para além da cantora. Também a coreografia terá que melhorar consideravelmente (neste caso terá mesmo que ser uma nova coreografia criada de raíz). E o mesmo se pode dizer o visual que não se enquadra no estilo pop e muito jovem que a música transmite.
O género da música é completamente banal e não traz nada de novo nem de cativante ao plano musical: daí que ainda seja mais importante a aposta na imagem e na coreografia. Mas comparando com as outras duas músicas apresentadas no concurso pela Ivi, esta certamente que foi a melhor escolha.
Quanto às qualidades vocais da Ivi, não sendo uma voz má de se ouvir, eu classifico-a apenas de média.
Mas uma coisa podemos ter a certeza: participando na mesma semifinal do que a Grécia, o Chipre receberá pelo menos 12 pontos.


MALTA E KURT CALLEJA
Também Malta nos traz uma música virada para o público jovem, com o título "This is the night": mais sugestivo do que isto é impossível!!!
Para mim esta é talvez a selecção mais duvidosa. A exemplo do Chipre, não traz nada de novo ao panorama musical, mas o problema principal prende-se com as outras músicas a concurso, especialmente a 2ª classificada, Claudia Faniello com a música "Pure". É verdade que é uma balada, um género de música nem sempre com muito sucesso neste Festival, mas que neste caso certamente deveria agradar ao júri, nem que fosse pelos grandes dotes vocais da cantora. Aliás, foi a música mais votada pelo júri,
recebendo mais vezes os doze pontos.

Quanto à música e à interpretação do vencedor em si, por mais que a oiça, fico sempre com a impressão que falta qualquer coisa... que não está completa.
Apesar de Malta ser o país não-vencedor mais bem sucedido, a verdade é, não podendo contar muito com o televoto por "afinidade", o melhor seria talvez escolher uma música que pudesse agradar aos júris dos diferentes países a concurso.




O sucesso da passagem à final dependerá da performance ao vivo: se conseguirá estar à altura daquilo que se quer transmitir com a música.






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