quinta-feira, 20 de setembro de 2012

The indebtedness and the current international financial crisis

In this paper, I will talk about the phenomenon of indebtedness and how, according to the general opinion of experts, led to the current international financial crisis.


The financial crisis that began in 2007 is considered the biggest economic crisis since the Great Depression of 1929. Since then the progress in economic science have allowed the world economy to live decades of high economic growth interspersed with some crises without major impact, and quickly resolved without serious consequences to the global economic system. Unfortunately, the growing integration of the various parts of the world in trade channels has made ​​that the economy has never been so globalized as now. As a result, the man now has even more difficulties to analyze, monitor and control the global economic system.
So if the Great Depression is still a matter of controversy as to its causes and consequences, the analysis of long-term effects of the current crisis, obviously will not be free from ambiguities.


From savings to indebtedness


Until very recently, don't have any debt was reason of pride, and very well regarded socially. Therefore, the indebtedness of economic agents was scarce. Until the twentieth century, savings and austere way of life characterized the way of living of the population. Until it came the phenomenon  of consumer credit, which allowed the expansion of the financial sector, to the gigantic dimension we know today. Despite being a new phenomenon, it seems that economic agents quickly learned how to enjoy it
And as can be seen by what is currently happening, even the states themselves quickly caught the taste of resorting to credit, the point of most of them being plunged into a spiral of indebtedness from which present difficulties to exit.


the universalization of the financial system
served as an octopus in the spread of the crisis.

Although the principles on which consumer credit and investment is based are good - allows families to increase their level and quality of life through the consumption of goods that were restricted before, allows companies to obtain financing to invest in existing or new business and innovation - the truth is that was the rampant indebtedness and without imposing any limit which led in 2007 to the current financial crisis.

 How was it possible to receive credit such adherence?

As I mentioned, the change was very rapid. In a few decades, the common practice is no longer the savings to become the indebtedness.
There are several reasons for this adherence to credit:


1) emerged from the World War I  the mass culture, which presented a lifestyle turned for the general public, and a new social class has gained importance - the middle class. For this same reason, the general population seen in the credit the hypothesis to purchase the goods and services featured in the new media and everyone else had, and allowing them to have a level and quality of life own of the middle class. 

2) On the part of creditors, these improved the existing financial instruments and developed new instruments more attractive, while improved forms of risk protection.
Furthermore, using the massified media, flooded the population with marketing campaigns that incite credit.


3) The typical receiver of credit has also changed. Until the nineteenth century the (few) agents who contracted loans were agents with considerable economic power and wealth, usually for members of the nobility or the wealthy bourgeois families
With the universal credit and the proliferation of credit agencies, any economic agent started to have access to credit without imposing barriers or restrictions.
If on one hand it was beneficial for the redistribution of income, and enabled many people to improve their living conditions, on the other hand, the lack of guarantees from those who sought loans, led to the loss of large sums of money, and the failure of both the creditors as debtors agents.

This led to a loss of confidence in the banking system as much as the strength of the economy, undermining the ability of agents' consumption and undermining the economy negatively.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Crise Financeira Internacional (I)

E após a ausência para as mais que merecidas férias, começo aqui uma série de mensagens em que farei uma profunda análise sobre a actual crise económica e financeira que, rapidamente se tornou numa crise social, de valores, e já se tornou em alguns países também numa crise política, em que o velho paradigma Ocidental está a ser posto em causa, como não acontecia desde a Grande Depressão. Por isso mesmo, é necessário saber porque a Humanidade tem de lidar ciclicamente com as crises que, apesar de todos os progressos e avanços feitos, continuam a ser inevitáveis e a provocar, como no caso actual, efeitos devastadores.

Será que a actual crise financeira global vai acabar por "afogar" o sistema capitalista?
 - Sociedade Humana e crises:

Aproveitando o que diz Santiago Becerra no seu livro "O Crash de 2010" (que foi editado pela primeira vez em Outubro de... 2009) actualmente, com a ajuda dos meios de comunicação social, as pessoas acreditam piamente que esta actual crise se deve apenas aos caprichos, e sobretudo à insensatez, de uns quantos magnatas e umas quantas elites financeiras, que conseguiram com os seus "esquemas" provocar uma crise que afectou milhões de pessoas em todo o mundo, que nada tinham que ver com esses assuntos.
Isso não deixa de ser verdade, e abordarei a questão dos agentes que provocaram esta crise mais adiante. No entanto, a componente cíclica associada por muitos pensadores à actividade económica, tem o seu peso nesta questão.
Como Becerra refere, tudo começou há mais de 10 mil anos quando,na região da Mesopotâmia - no chamado Crescente Fértil - o homem trocou o nomadismo pelo sedentarismo, ao perceber que era capaz de produzir os alimentos que antes esperava que a Mãe-Natureza lhe fornecesse, e que conseguia domesticar alguns animais, para os usar para aumento do seu bem-estar.
Desde o estabelecimento das primeiras sociedade humanas, que os períodos de fartura foram sucedidos por épocas de escassez e falta de recursos.
A evolução e complexificação das sociedades, desde as civilizações Egípcia e Mesopotâmica, aos Impérios Soviético e Norte-Americano, transformaram o valor ou riqueza produzidos pelas sociedades. À medida que as sociedades evoluíram, estas começaram a gerar mais valor económico e necessariamente, a consumir mais recursos. Por isso mesmo, quanto mais complexas as sociedades se tornavam, mais graves e nefastas eram as crises económicas.
Analisando a História da Sociedade Humana, podemos ver as crises económicas como algo cíclico e que, por muito que nos custe, temos que lidar com isso. No entanto, desde a Revolução Industrial, algo mudou na maneira como se desencadeiam as crises. Até essa altura, as crises eram provocadas por motivos alheios à mão do homem, mais propriamente causados pela Mãe-Natureza: cheias, secas, pragas, tempestades e outras catástrofes, eram os únicos grandes responsáveis pelas crises que ocorreram no passado.
No entanto, algo mudou nos factores que provocaram as crises: e o crash de 1929 é o exemplo disso.

O Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey, 1819
Mas antes vou continuar a análise histórica do passado recente da História Económica, e da sua relação com as crises. Desde 1789, com o arranque da Revolução Industrial que uma nova ordem económica global se começou a impor. E em 1815, com a Conferência de Viena, essa ordem impôs-se definitivamente no sistema-mundo, com o nome de capitalismo.
Olhando para os sistemas económicos anteriores, é fácil constatar que todos duraram cerca de 250 anos, foram marcados por várias crises, e terminaram com uma espécie de "super-crise" que arrasou completamente os fundamentos do sistema económico em vigor.
A actual crise, não é vista por muitos autores (incluindo Santiago Becerra) como uma dessas "super-crises", mas antes de uma crise sistémica ou seja, uma crise que abala a base do sistema económico - além disso, convém referir que não passaram 250 anos desde a Conferência de Viena - .


Claro que esta crise parece demasiado grave para ser apenas uma crise sistémica, mas convém não esquecer que, principalmente nos países ocidentais, a população em média tem um nível de vida muito superior ao da generalidade da população aquando das primeiras crises sistémicas do sistema capitalista. Para não falar da estrutura de consumo e da ocupação profissional que divergem significativamente dessa altura.

Na actualidade é no sector terciário que se encontram as actividades mais dinâmicas nos países desenvolvidos


Na actualidade, o sector dominante é o sector terciário, que produz bens imateriais e intangíveis, cada vez em maior quantidade, e que tem permitido o enriquecimento das sociedades. Obviamente que o contributo do sector terciário para o enriquecimento das actuais sociedades, deve-se não só ao aumento da produtividade, como também à actuação de um subsector que permite a vinculação entre produção, consumo, rendimentos e endividamento. Este subsector. claro está, é o subsector financeiro, que afecta todos os aspectos da actividade económica e do dia-a-dia das populações: financia o investimento e o consumo, permite movimentações entre todas as partes do mundo, serve de medidor de risco, e tanto pode beneficiar cada ser humano, como colocá-lo com uma "corda ao pescoço". Neste sistema económico globalizado, o subsector financeiro penetrou em todos os países, repercutindo-se fortemente no mundo real.

Claro que o que referi para cada indivíduo, também se aplica para toda a economia e para o próprio país: todo este poder do subsector financeiro, tanto pode desenvolver ainda mais a economia e o país, como condená-lo à ruína. Actualmente, o melhor exemplo disso, infelizmente pelo lado negativo, é a Irlanda. E será precisamente a partir da análise do caso irlandês, que irei continuar a abordar este tema na próxima mensagem.