quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Eurovisão: em preparação para Malmö 2013 (I)

ESTA É A MINHA PRIMEIRA MENSAGEM DE 2013 NESTE BLOGUE, E COMO NÃO PODERIA DEIXAR DE SER, O ASSUNTO ABORDADO É O ASSUNTO QUE MAIS VISIBILIDADE DEU A ESTE BLOGUE: A EUROVISÃO.

APROVEITO PARA DESEJAR A TODOS OS VISITANTES, UM ANO DE 2013 CHEIO DE FELICIDADES E SUCESSOS, E QUE POSSAM REALIZAR TODOS OS VOSSOS DESEJOS.

E começa aqui a minha maratona de análise sobre a Eurovisão 2013, que será sediada em Malmö, na Suécia após da vitória de Loreen na edição de 2012.



Ainda faltam 5 meses para o evento começar, mas a próxima edição já está a dar muito que falar.

Desistências: de Portugal à Turquia
Os anúncios dos países que não estariam presentes na edição de 2013, começaram logo em Setembro, com os países que já se retiraram da Eurovisão, a anunciar que não iriam regressar: falo claro está de Andorra, da República Checa (ambas desistiram depois da edição de 2009), do Luxemburgo (que desistiu depois da edição de 1993), do Mónaco (que desde 2006 nunca mais participou), de Marrocos (que apenas participou em 1980) e da Polónia (que se retirou após a edição de 2011).
A 22 de Novembro foi a vez de Portugal anunciar a sua não participação em Malmö, alegando motivos financeiros. Esta desistência tem provocado alguma polémica, sobretudo acusações de não serem revelados os verdadeiros motivos, aliados às críticas de má organização da participação portuguesa na Eurovisão.
No dia 4 de Dezembro, seria a vez da Eslováquia anunciar a sua desistência alegando pretender investir mais em eventos nacionais. O facto de a Eslováquia nunca ter sido particularmente bem sucedida na Eurovisão - nos anos 90 o melhor resultado foi um 18º lugar, e quando regressou em 2009 nunca conseguiu apurar-se para a final (sendo o melhor resultado um 13º lugar em 2011 e alcançando este ano pela primeira vez o último lugar) e sendo Portugal um país com pouco sucesso nos últimos anos, acabaram por não causar tanto espanto nem tanto rebuliço, sobretudo comparadas com as notícias mais recentes.
No dia 14 de Dezembro, outro país anuncia a sua desistência. E agora estou a falar, nada mais nada menos do que... da Turquia. Um dos países mais bem-sucedidos na Eurovisão (apenas em 2011 não se apurou para a final, e já terminou 6 vezes no TOP5, incluindo uma vitória em 2003), justificou a sua desistência com a não concordância com o sistema de voto - em particular com as alterações que serão feitas na edição de 2013 - e com a existência dos BIG5 com acesso directo à final (critério que já existe desde 1999).
Também a 14 de Dezembro, foi a vez de outro país muito bem sucedido na Eurovisão anunciar a sua desistência: a Bósnia-Herzegovina. Apesar de nunca ter ganho o certame, é dos poucos países que conseguiu sempre apuramento para a final, conseguindo um 3º lugar em 2006. A Bósnia justificou a desistência por motivos financeiros.
No entanto, na mesma noite em que a notícia da desistência da Bósnia chegou à EBU foram anunciadas três propostas para o país participar na edição de 2013 sem a emissora da Bósnia suportar qualquer despesa: a emissora bósnia RTRS prontificou-se a suportar todos os custos da deslocação do país a Malmö, desde que seja representado pelo grupo Alexandria, a Face TV também se prontificou a organizar e custear um festival para escolher o representante bósnio, e por fim a banda Zoester prontificou-se a financiar todas as despesas de deslocação e a encontrar patrocinadores.

Já em relação à Grécia, que desde 2008 é constantemente alvo de rumores de desistência, anunciou dia 11 de Dezembro que vai participar na Eurovisão 2013, graças ao financiamento de patrocinadores e da editora discográfica que escolherá o artista que representará o país.

As desistências da Turquia e da Bósnia-Herzegovina, estão a agitar a opinião pública não só nos seus países, como um pouco por toda a Europa. Alguma vozes começam a argumentar que isto poderá ser o fim da Eurovisão nos moldes actuais, e algumas vozes mais extremistas pre-anunciam o fim da Eurovisão.
Certamente que a desistência de tantos países, sobretudo 4 este ano, continuará a dar muito que falar.

Novas regras para a edição de 2013?
Mal a edição de 2012 da Eurovisão tinha acabado, quando começaram a surgir notícias sobre possíveis alterações nas regras  não só do próprio festival como da selecção de cada país.
Ainda em Maio, os países da Escandinávia (Suécia e Noruega), juntamente com a Finlândia e a Dinamarca apresentaram uma proposta de proibir países que não sejam democracias e onde não se respeite os Direitos Humanos de participar no Festival. A proposta teve logo apoio da Alemanha, Áustria e Reino Unido.
Esta regra inibiria alguns países de Leste (Ucrânia, Bielorrúsia e Rússia) e da Eurásia (Azerbaijão e Turquia) de participarem no festival - com excepção da Bielorrúsia, todos eles estão entre os países mais bem sucedidos nos últimos anos na Eurovisão - .

Pouco tempo depois, voltavam os rumores de nova alteração no sistema de votos (depois de 2009), com a alteração no peso do televoto e do júri: dos actuais 50-50, passaria para 70% para o júri e 30% para o voto do público.

Novo formato do festival
Malmö foi a cidade escolhida para acolher o festival em 2013, contra as propostas de Estocolmo e de Gotenburgo. O festival Eurovisão 2013 terá lugar no Malmö Arena, com capacidade para 15500 pessoas, sendo um dos locais mais pequenos a acolher o festival nos últimos anos. Mas, como a comissão organizadora do evento na Suécia disse: o objectivo será fazer com a que a Eurovisão volte a ser acima de tudo um evento televisivo e não tanto um evento ao vivo.
Mas as mudanças parece que não vão ficar por aqui. Tendo (como sempre) a crise actual como justificação, foi já anunciado uma redução no total de dias para os ensaios na Malmö Arena.

Já começou a selecção dos candidatos a sucessores de Loreen
como vencedores da Eurovisão
2012 acaba com 6 escolhas completas
Este ano o processo de escolha das representações nacionais segue a bom ritmo, com 6 países a terem a sua escolha completa: intérprete e canção, havendo também mais 6 países que escolheram o intérprete.
Brevemente, começarei os meus comentários às escolhas já feitas.

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