terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Eurovisão: a caminho de Baku 2012! (IV)

À medida que nos aproximamos do prazo final para cada país apresentar a sua representação para o festival deste ano, mais países seleccionam e/ou apresentam as suas representações. Aqui vão os meus comentários a mais duas escolhas.

HUNGRIA E COMPACT DISCO 
A participação da Hungria tem sido muito irregular, tanto quanto à assiduidade das presenças, como quanto à qualidade e classificação das suas prestações. A grande surpresa foi sem dúvida o ano passado, em que a música "What about my dreams?" interpretada por Kati Wolf e apontada por muitos eurofãs e especialistas nesta área como uma possível vencedora, ou pelo menos a ficar posicionada no TOP5 acabou inesperadamente em 22º lugar (mas convenhamos que a prestação ao vivo tanto na semifinal como na final... deixaram uma boa parte do público um pouco desiludido).
Este ano, também a Hungria nos traz uma escolha completamente diferente do ano passado. A escolha recaiu sobre a banda húngara "Compact Disco", fundada em 2008, com o tema "Sound of our Hearts". A música não é tão 'eurofriendly' como a da Kati Wolf, nem como algumas escolhas já feitas por outros países este ano. Por isso mesmo, tem ao seu lado a vantagem de ser um estilo mais original neste tipo de concurso. Não tenho nada de negativo a apresentar quanto à música, tanto a melodia como a letra. A banda tem um estilo muito próprio e cativante. E foi não só a melhor escolha de entre a concorrência, como uma óptima escolha. Se bem que, um dos segundos classificados, Gábor Heincz, com a música "Learning to let go" também seria uma óptima escolha: é ainda mais original do que a vencedora, é fresca, positiva e muito agradável ao ouvido.

Além disso, dos 5 países que deram mais pontos à Hungria (a Polónia, que foi o 2º país a dar mais pontos à Hungria, como não participará este ano, não é tida em conta), apenas a Suécia (que é o 4º país que deu mais votos à Hungria), não votará na semifinal em que a Hungria vai competir.
Mas nem tudo é um mar de rosas na escolha da Hungria. Se criticam a fraca pronúncia do vocalista dos Sinplus (a banda que vai representar a Suíça), o que falar do vocalista desta banda? E os problemas vão muito para além da pronúncia: para mim o que prejudica em muito esta performance é a fraca qualidade musical do vocalista. Até ao momento, acredito que o televoto coloque esta canção entre as 10 mais votadas para passar à final. Se o vocalista não melhorar drasticamente a sua performance, dificilmente conseguirão a mesma proeza por parte do júri.

ISLÂNDIA E GRETA SALÓME & JÓNSI
Esta foi até agora, para mim a escolha mais inesperada. Não quero com isto dizer que tenha sido uma má escolha. Foi até a melhor escolha de entre os candidatos que existiam. Quanto à concorrência mais directa, o 2º classificado, o grupo Blár Opál com a música "Stattu Upp", o aspecto positivo a apontar era a música (tanto a letra como a melodia): mais uma vez a prestação ao vivo e a fraca interpretação deitaram tudo a perder.
A escolha foi muito diferente do que o país nos tem apresentado nos últimos festivais. Mais um exemplo de uma música muito original neste tipo de festivais. Apesar de não ser grande fã deste tipo de música, reconheço a qualidade vocal dos intérpretes e tenho a certeza de que poderão ter uma boa performance ao vivo no festival. E é visível a paixão que ambos entregam à música, e conseguem criar um ambiente musical muito agradável.
Ao contrário da Hungria, esta música tem mais hipóteses de agradar mais ao júri do que ao televoto. Dos 10 países que até agora mais pontos deram à Islândia desde 2004, votarão nesta semifinal a Dinamarca, a Finlândia, a Hungria e a Espanha.
Face à concorrência existente, também algumas "arestas" precisam de ser "limadas" para uma boa prestação.

Boa sorte para ambos os países.






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