quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SIMPSONS e a vida real II: Homer & Marge Simpson

Depois do primeiro post sobre a minha série preferida do mundo e arredores, vou agora falar sobre o casal mais famoso de todo o mundo da animação: Homer e Marge Simpson.


Como o Homer Simpson diz, tudo começou a partir do momento em que este casal se muda para a pacata cidade de Springfield, e compra uma casa em Evergreen Terrace. E o resto é história. Primeiro veio o Bart, também conhecido por "El Barto", depois a inteligente e idealista Lisa, e por fim a pequenina mas não menos importante Margaret Simspon. Podemos nos interrogar sobre a coragem que este casal teve para ter logo três filhos, e a paciência que devem ter para os educar. Podia de facto ser assim. Mas de acordo com Homer Simpson, ter filhos é o máximo e não traz problemas nenhuns à vida deles: os pais ensinam os filhos a odiarem as mesmas coisas que eles odeiam, e eles educam-se praticamente sozinhos com a televisão, a internet e outras coisas do género (palavras do Homer Simpson... podem não reflectir a opinião do autor do blog!!!).
Agora pergunto: porque será então que os pais se queixam tanto do trabalho que dá e do quão difícil que é criar um filho nos dias de hoje.

Apesar da série começar a partir do momento em que eles já têm os 3 filhos, ao longo das séries são feitas viagens ao passado destes pais, o que permite traçar uma comparação entre as suas vidas e o que se passa na vida actual.

Homer Simpson e os impopulares


Quem vir a história de Homer Simpson, se não perceber que estamos perante uma série cómica, dificilmente deixará de se compadecer pela triste vida que o Homer tem levado.

Foi sempre impopular, rejeitado em todos os grupos, clubes e associações afins, e sempre desprezado pelas mulheres. Talvez para tal tenha contribuído os seus baixos níveis de habilitações (recorde-se que ele não entrou para a Faculdade porque quando ele estava a assinar o formulário de candidatura no gabinete do psicólogo escolar viu da janela um cão a passar com um presunto inteiro na boca, e logo saiu disparado atrás do cão para lhe tirar o presunto - daí que ele até hoje se queixe de que nunca lhe deram a oportunidade de se candidatar à faculdade...).
Mas depois de trabalhar na Central Nuclear de Springfield acabaria por entrar para a faculdade para fazer a cadeira necessária para manter o cargo de inspector de segurança da Central dirigida por Mr. Burns.

Também o seu excessivo peso e o seu cheiro nauseabundo não transformam o pacote chamado Homer Simpson num pacote muito apelativo. Isto certamente deve reflectir o dia-a-dia de muitos encalhados, homens ou mulheres que, pelas mesmas razões ou outras diferentes, esperam e desesperam por serem socialmente aceites e/ou pelo seu príncipe/princesa
encantado(a).

Até que ele encontra a Marge, e como ele muitas vezes o disse e demonstrou, toda a sua vida mudou completamente... e para melhor obviamente.
Mas será que agora está tudo bem?

-Então o patrão, que ele carinhosamente(?) chama de Burnsie, que nunca se lembra dele e o trata como um mantecapo?

- Então o facto de depois de uma semana de intenso trabalho (como o comprova a imagem aqui em cima), ter que se levantar todos os Domingos de manhã para ir à Missa ouvir um chato a dizer que, mesmo que ele seja honesto, trabalhador, pai de família e bom cidadão, tem que ir para o inferno por isto e por aquilo?

- Então e a falta de reconhecimento que ele sente pela sua pessoa e por aquilo que ele tem feito, tanto da parte da entidade patronal, como dos amigos e até da família?

Quantos de nós no meio desta sociedade em constante movimento que parece que nem pára para respirar, onde no meio de tantos que somos se torna tão difícil nos afirmarmos? Para além do facto de parecer destino que milhões de funcionários pelo mundo fora (e ainda mais em países com dificuldades) vejam os seus talentos ou capacidades desperdiçados e subaproveitados, subjugados a um regime capitalista que se baseia na frieza do mercado e cada vez mais apenas é democrático no título.

Ao Homer vale-lhe o "Moe's", a taberna onde parece que encontra refúgio e orientação para a sua vida.


Marge Simpson e as donas de casa desesperadas

Confesso que nunca vi a Série por isso não sei do que se trata exactamente, mas o nome 'Dona de Casa Desesperada' assenta que nem uma luva a Marge Simpson.

São constantes ao longo das várias séries as suas queixas de que fica sempre em casa agarrada às tarefas domésticas, tarefas essas em que as únicas vezes em que o resto da família a ajuda é a sujar e a desarrumar mais a casa, que nunca sai de casa, a não ser para ir às compras ou para tratar de outros assuntos típicos de uma dona de casa, que nem consegue manter uma
vida própria e independente da família.

E convenhamos que das poucas vezes em que tentou investir apenas nela própria, como quando trazia amigas a casa ou quando tentou aderir ao clube de alta sociedade de Springfield, o comportamento da família acabou por lhe estragar os planos.

É claro que esta vida torna-se por vezes
insuportável e Marge acaba por ter pelo menos uma explosão em que não aguenta mais e acaba por ter que dedicar uns tempos para ela afastada da família.
O problema é que esse tempo acaba e ela tem que acaba por voltar para o seu 'Doce Lar'.
A exemplo do marido, também Marge parece sofrer por não ver as suas capacidades aproveitadas nem o seu mérito reconhecido. Mas este caso parece ser mais extremo e mais grave.

E quantos neste mundo, mesmo não sendo mulheres, ou não estando confinadas a uma cozinha, têm que se subjugar a um trabalho que, por terem concordado com um certo contrato, se vêm obrigadas a ter que o cumprir sem reclamar e sem o seu mérito ser reconhecido...

Apesar de não o sentir na primeira pessoa, conheço bem a angústia de pessoas como a Marge
que, no caso das domésticas, é um caso que felizmente já vai sendo contrariado (como os maridos e toda a família terem um papel mais activo nas tarefas domésticas para além de sujar e desarrumar, e também os homens a assumirem o papel de domésticos).

A ela parece que lhe vale o amor por Homer e pelos filhos. A mim parece-me muito pouco: mas talvez só uma mulher ou uma doméstica possa sentir e perceber verdadeiramente a Marge.


E depois de tanta leitura aqui vai um passatempo fácil. DESCUBRA AS DIFERENÇAS!!!!!:





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